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Aprendendo a comer ostras

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Foto: Daniela Correa

Toda vez que passava em frente à peixaria me batia um sentimento de frustração. Logo eu, um apaixonado por peixes, crustáceos e moluscos em geral, me sentia inerte em ver aquelas belezuras em exposição sobre o gelo. Me faltava conhecimento na área para poder prepará-las de maneira correta.

Pois foi então que minha mãe veio passar uns dias aqui em casa. Aproveitei a ocasião para aprender a preparar duas das melhores coisas que vem do mar: ostras e mexilhões! Hoje quero falar sobre as ostras.

Confesso que foi mais fácil do que eu pensava. O ponto chave e crucial, por incrível que pareça, é o momento da compra. Devem ser frescas e bem fechadas. Em outras palavras: devem estar vivas! O mesmo vale para os mexilhões. Se não for assim meus amigos, corre-se o risco de uma indigestão das brabas. Portanto, prestem atenção neste momento, olhem bem a data de validade, consulte o peixeiro, etc…

Ok, ostras compradas e fechadas. E agora?

Antes de tudo uma informação importante: a maneira mais usual de consumi-las é crua, sem algum cozimento. E assim foi. Queria a experiência mais natural e real possível. Neste caso, o processo é simples: basta um pouco de técnica para abrir a concha; depois disso é só comer aquele bixinho que pula ali de dentro, com água e tudo. Neste momento as amigas donas de casa mais sensíveis devem ter saltado da cadeira, mas o que se pode fazer? Força! Coragem e chegaremos lá!

E agora, como se abre uma ostra? Não tinha a menor ideia. Nestes casos, a saída número um é: consultar o google. “Vídeo como abrir ostra”. E lá vem uma montanha de explicações. Há de ressaltar uma coisa: as ostras são extremamente bem fechadas. Não é fácil abri-las. O vídeo que eu achei falava de um ponto específico onde se deveria enfiar uma faca e dali em diante torce-la até que ela venha a ser aberta. O problema é achar este tal ponto especifico.

Enfim, lá vamos nós!

Na primeira tentativa, provoquei não poucos danos na ostra antes de conseguir abri-la. Eta bichinho valente! Até que num certo momento, movendo a faca aqui e ali, achei um local mais macio, consegui enfiar a faca um pouco mais para dentro, torci, retorci e pimba! Abriu!

E lá estava ela! Finalmente! Um limãozinho por cima e lá se foi conhecer as minhas entranhas.

Devo dizer que é uma delicia. Possui uma frescor ímpar, uma consistência notável, um perfume sutil e um sabor único.

Ostras! Não pode faltar no cardápio de nenhum amante dos bons frutos do mar. Para combinar, acompanhou uma cerveja Cantillon Rosé de Gambrinus, que será tema de uma outra coluna.

Esta é uma ótima dica para as donas de casa surpreenderem seus maridos. Já pensou chegar em casa e recebe-lo com um punhado de ostras? Romântico, muito romântico….

{Pitaco Sapiente}


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